A minha experiência com a expansão por uma rede de franquia foi o seguinte. Em 2012, depois de ensinar minha irmã, informalmente, como montar um cowoking em São Paulo eu percebi que essa poderia ser uma boa forma de expandir a marca da CWK Brasil afora.
Então eu contratei uma empresa especializada em formatação de franquia para fazer o que eles chamam de franqueabilidade do negócio. Na verdade, eu nunca tinha pensado em expansão através de terceiros. Quando eu montei a CWK, eu pensava em expandir mas com unidades próprias.
O custo, naquela época dessa formatação foi cerca de 50 mil reais. Demorou um ano para terminar o trabalho e a verdade é que foi muito bom para eu desenvolver o meu próprio método de gestão e implantação de um Coworking. Porque? Porque nós escrevemos todo o processo de implantação e gestão e eu pude com isso, perceber o que estava funcionando. O que não estava funcionando e o que poderia ser criado de novo.
ABF Associação Brasileira de Franchising
Depois de terminado esse processo, nós fomos para o mercado tentar vender franquias. Para isso, contratamos uma empresa especializada em vender franquia. Participamos de uma feira de franquias no Rio de Janeiro e nos associamos a ABF, uma associação que regulamenta franquias.
O processo de captação de interessados não foi fácil porque existem, hoje em dia, várias opções de negócios em formato de franquia para uma pessoa escolher. E uma pessoa que está procurando uma franquia, ela não necessariamente está procurando montar um Coworking, mas sim o um negócio formatado. Então a concorrência é muito, muito acirrada.
O mais importante que eu percebi, através dos estudos que fizemos, foi que esse negócio de franquia seria um ótimo negócio desde que a expansão fosse maior que 50 unidades. Ou seja, a franqueadora seria lucrativa depois que atingisse a maturidade e corpo e para isso eu deveria sair pelo Brasil afora promovendo o meu processo de franquia de Coworkings.
Consultoria sobre Coworking
Foi então que por opção, eu decidi não ir adiante com o projeto tão agressivamente e iniciei o processo de ensinar as pessoas a montar um coworking mas não no modelo de franquia. Afinal, a metodologia se aplica a qualquer coworking, independente de ser uma CWK ou não.
E porque eu fiz isso? Foi uma opção de vida mesmo. Para sair em expansão, eu teria que deixar meu filho pequeno em casa, viajar pelo Brasil, investir todas minhas economias no projeto e isso me daria uma qualidade de vida mais complicada do que a que eu tenho hoje.
No entanto, se você um dia pensa em expandir, eu recomendo sim a expansão através da franquia, mas tenha em mente que para fazer bem feito, é necessário abdicar de algumas regalias que a vida de empreender em apenas poucas unidades de Coworking lhe traz, como ter tempo livre por exemplo. E será preciso enxergar o seu negócio de franquias, não mais como um Coworking, mas como uma Franqueadora. O mindset é completamente diferente! E isso não quer dizer que seja bom ou ruim, é apenas um Mindset diferente do que ser dono de um negócio apenas.