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Definitivamente 2017 foi um ano maravilhoso para o Coworking no Brasil. A entrada de grandes players no mercado ajudou os escritórios compartilhamos a se firmarem como tendência real e definitivamente fizeram as empresas aceitarem que existe de fato uma mudança de mindset em relação a forma de trabalho.

Eu, particularmente, não sou aquela pessoa que se acha a dona da verdade e faço previsões mirabolantes a respeito deste mercado. Como proprietária de uma rede de Coworkings, que é um sucesso desde 2010, me sinto na obrigação de compartilhar os sentimentos que tenho vivenciado na prática dentro do meu próprio negócio.

Todos os anos, por estarmos num mercado relativamente novo no Brasil, observo de perto os bastidores desse movimento que os Coworkings têm apresentado. Os crescimentos exponenciais, o surgimento de grandes redes, o fechamento de vários espaços e a especialização de outros em nichos antes nunca imaginados.

O fato é que o mercado irá se auto-regular e quem não estiver preparado não irá resistir às mudanças e exigências que ter um Coworking necessita. Para vocês terem uma ideia, entre 2016 e 2017 eu investi 20 mil reais na minha capacitação em marketing para aprimorar as técnicas usadas para captar clientes para meu Coworking. Além disso, em 2017, investi 15 mil reais para a re-análise da franqueabilidade do meu negócio e a capacidade de expansão que ele pode chegar. Isso sem mencionar os investimentos em ferramentas e recursos humanos.

A verdade é que eu sou a pessoa que mostra para todos o lado “chato” do Coworking. Aquele lado da gestão da empresa, que precisa de controle financeiro, de gestão de RH, de investimento adequado e principalmente de planejamento.

Eu sou aquela que pega no pé do sonhador e idealizador do “movimento” que o Coworking representa e mostra pra ele que por trás de tudo isso existe um negócio que precisa de conhecimento em gestão e administração. E é isso que eu ensino em minhas aulas sobre escritórios compartilhados.

Mas vamos falar dos 5 itens que precisamos prestar muita atenção no ano de 2018 em relação ao mercado de Coworking:

1- Os Coworkings precisam se profissionalizar

Por incrível que pareça, ainda existem muitos Coworkings com pouca profissionalização em questões administrativas e operacionais. Um fato muito importante é que os clientes querem a excelência na prestação do serviço! Não adianta mais somente oferecer um ótimo cafezinho e um bom bate papo para reter o cliente no seu Coworking.

Se você ainda não tem um bom sistema de gestão, se você ainda não tem um portifólio de serviços que ajudem o cliente a alavancar seu negócios, comece a pensar nisso desde já!

Pasmém! Uma pesquisa rápida e você encontrará Coworkings que não oferece um telefone na mesa do clientes para ele fazer suas ligações telefônicas! Existem Coworkings que não oferecem aos clientes um serviço básico de recepcionista!

Me desculpe a franqueza, a prestação de serviço é algo que deve estar na raiz do seu negócio!

2- O marketing não pode ser mais desprezado! 

Uma grande parte de donos de Coworking acham que investir em marketing não é tão importante e que a indicação “boca a boca” ainda é a melhor solução. Eu discordo e acho um absurdo uma empresa com esse pensamento em pleno 2018.

Existe Coworking montado, com excelente estrutura sem ao menos ter um website com sua marca.

Quando me deparo com essa situação eu pergunto: porque vc não tem um website? A resposta é sempre a mesma: mas eu tenho um facebook e um Instagram com 5 mil fãs.

A pergunta que eu faço sempre nesse caso é: você tem o contato desses 5 mil fãs?

Se você não tem o contato dessas pessoas como poderá vender o serviço de coworking para elas?

É preciso, de uma vez, por todas entender que o retorno das vendas do seu negócio será proporcional ao marketing que você fizer. E marketing custa dinheiro! Infelizmente, essa é a realidade!

Então prepare-se para um 2018 de investimento em marketing, pois, com a abertura de novos Coworkings cada vez mais crescente e a medida que a concorrência aumenta, a falta de investimento em marketing certamente se tornará motivo de exclusão mercadológica.

3- Sim, o marketing online é o que te gera mais vendas! 

Ainda no marketing, se você não tem presença online, corra e comece a elaborar uma estratégia para ter uma.

Eu continuo dando o exemplo da pizza: se vc quer comer uma pizza na região onde vc mora o que vc faz? Provavelmente você vai no Google e pesquisa “pizzaria na região x” e entre os resultados você escolhe o que mais te agrada.

Com o Coworking não é diferente! Uma empresa ou pessoa que quer encontrar um Coworking certamente vai pesquisar no Google “Coworking na região x” e vai escolher um dos resultados.

Então, se você quer ver e ser visto, a presença online é essencial. Essa atitude vai de encontro com o item 1 – os Coworkings precisam se profissionalizar e existem diversas formas de fazer isso.

As técnicas de marketing para o Coworking eu deixo pra ensinar nos meus cursos. Por aqui, minha função é alertar que 80% das propostas que enviamos no ano de 2017 vieram de formulários de contatos e que apenas 5% delas vieram do marketing boca a boca.

4- O Coworking vai bombar no interior!

Se vc acha que está sozinho no seu mercado….esquece! Em breve vc terá um concorrente! E eu, particularmente, acho que a concorrência é essencial para a melhora de um produto ou serviço. Ela te tira da zona de conforto.

E se você acha que só porque está no interior, o Coworking não vai pegar na sua cidade, você está enganado.

A frase que eu mais usei em 2017 foi: daqui a 10 anos você terá se arrependido de não ter começado hoje!!

Uma cidade no interior possui as principais características para se montar um Coworking: possui espaço físico ocioso, possui profissionais com a carência de se relacionar e possui custos fixos menores que as capitais.

Juntando essas três variáveis fica óbvio que as pequenas cidades estão ardendo de vontade para ter um espaço de trabalho compartilhado. Se você está no interior e pensa em montar um negócio, esta é a hora!

5- Cada vez mais, empresas com espaços ociosos irão entrar no mercado. 

Diariamente as empresas entram em contato comigo perguntando como aproveitar melhor o espaço de trabalho delas. Seja porque a equipe diminuiu, seja porque precisam aumentar suas receitas.

A grande maioria das empresas, ao descobrirem que precisam adequar seus negócios para se transformarem em um Coworking, acabam desistindo de entrar no mercado. No entanto, essa situação irá mudar. Não há razões para as empresas não se adequarem, pois este é um negócio rentável e os empreendedores já estão percebendo isso.

Muitas vezes, uma simples mudança de layout combinado com um investimento em marketing já são suficientes para que o espaço ocioso nas empresas comecem a se tornar ambientes compartilhados de coworking.

6- Pessoas que possuem imóveis já descobriram que compartilhar gera mais renda que com um único inquilino.

Desde que o Brasil entrou em crise e o mercado imobiliário desacelerou, percebemos inúmeras pessoas com seus imóveis parados sem conseguir alugar. Inicialmente, essas pessoas começaram a perceber que a “solução” para o seu imóvel parado podia ser o compartilhamento e com isso, muitos donos de imóveis começaram a montar coworkings sozinhos imaginando que basta dividir algumas mesas e cadeiras e logo o seu imóvel estaria rentabilizando-o novamente.

Infelizmente, não é bem assim!

Depois desse “boom” de imóveis desalugados se transformando em coworking sem conseguir clientes, essa fatia do mercado começa a perceber que não basta simplesmente encher seus espaços de mesas e cadeiras e começam a correr para se estruturarem de forma profissional para atender o mercado. Esses donos de imóveis já entenderam que não basta apenas ter um imóvel e que o coworking é um verdadeiro negócio, uma empresa de prestação de serviços.

NÃO PRECISAMOS DESESPERAR! 2018 tem tudo para ser o ano do coworking!

Esse artigo foi escrito hoje mesmo, no dia 31 de dezembro de 2017, enquanto eu fazia a minha própria retrospectiva de como foi o meu ano de 2017 e começei a pensar o quanto de atenção precisa o ano de 2018 pois as oportunidades estão passando rápido demais.

E como provedora de informações para diversas pessoas que me procuram, para entender como o mercado de coworking funciona, escrevo esse artigo para que seja fonte de pesquisa e atenção. De forma nenhuma, pretendo prever o futuro, acertar ou errar decisões, mas para chamar atenção de alguns movimentos que de fato estão ocorrendo no mercado de coworking.

Espero que você tenha curtido e compartilhe esse material com seus amigos, empresários e empreendedores.

Se você quer fazer parte de um grupo seleto de pessoas que serão acompanhados em 2018 pessoalmente por mim na elaboração dos seus espaços de coworking, você precisa conhecer a Sala Master CWK.

Um Feliz Ano Novo!!

11 respostas

  1. Excelentes informações para fechar o ano!

    Parabéns pelo seu trabalho e para toda sua equipe!

    Um feliz ano novo repleto de conquistas e muitas alegrias!

  2. Foi importante observar o seu cuidado em não demonstrar excesso de otimismo nas aberturas de novos espaços, sem o comprometimento necessário e a visão a partir de um prazo maior e investimentos em setores importantes.

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